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“[…] superfícies polidas emanam luzes que ferem penumbras (por vezes talvez
mesmo escuridões), clarões súbitos que logo se aquietam, se retraem, um jogo de
claro sobre escuro, uma iluminação que mesmo breve emerge da sombra e ‘[…]
o flash dispara/ caminha nu contra o ar/ iluminando a cena’ […]”.
Aos três textos que compõem Respirar nos Muros une-os a degustação da poesia que
os autores analisados intemporalmente nos legam. São muros de pedra e rebocos
caiados batidos pela luz da nossa curiosidade. De Sainz-Trueva a Cinatti, passando
pelas sonoridades na poética de Camões (celebramos agora o quinto centenário
do seu nascimento), vão erguendo a nossa casa comum, uma estética do poder,
uma verdade que vai para além do prosaico, do real, de que as lagartixas que
nele repousam rápidas nos advertem ao procurarem os orifícios, o interior. Na cal
ardente dos muros a cada leitor a sua respiração.