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Escrever na primeira pessoa sobre nós mesmos é sempre um exercício exigente. Comecei a escrever poemas na adolescência (o primeiro poema deste livro é de 1991, na altura tinha 17 anos) mas depois hibernei durante muitos anos… Retomei a escrita após o meu divórcio, em 2015, como uma espécie de terapia…
Os poemas aqui apresentados foram escritos na sua maioria em 2020, um ano de confinamento para muitos de nós que despertou em mim a criação artística na escrita e na pintura.
Nasci em 1974, em Lisboa. E aqui vivo e trabalho. Doutorei-me em Sociologia em 2009 (ISCTE) e exerço funções e investigo na área das desigualdades sociais.
No caminho da descoberta de mim mesma, fui perdendo medos e realizando sonhos. Publico o meu primeiro livro de poesia: Reflexos – poesia de improviso. Escrevo por impulso. Poesia feita de construções reais e imaginárias onde exponho a minha nudez poética por vezes recorrendo ao erotismo. Escrevo do coração / do meu sentir / das vontades do corpo / do que me vai na alma / cristalizo num poema / aquilo que não posso parar no tempo…
Gosto de ver sorrir as pessoas mas reconheço que às vezes a minha poesia é muito amarga.
Quando poetizo sinto-me como aprendiz de alquimista despertando poderes interiores de transmutação de dores em poemas, de partos em filhos…
Amo a liberdade e a criatividade, e sofro imenso quando algo ou alguém me condiciona ou me autocondiciono… As mulheres ainda renegam a sua poesia... Gosto de ser mulher, mas por vezes invejo os homens. Creio na poesia como o único palco onde a palavra é livre. Pode ser escrita sem regras, até de pontuação…
Sempre que posso rumo até São Julião, onde passeio de pés descalços junto ao mar. Gosto de me definir como sendo o mar… E de facto a água é um elemento sempre presente na minha poesia. Vou depois cuidar do meu pomar – uma propriedade refúgio onde sonho construir uma cabana para pernoitar…
Grata, sem enumerações. Espero que gostem de me ler. Que a escrita me acompanhe até ao fim dos meus dias.