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Este é o terceiro volume de poesia da autora Luísa D’Ó. “Gama” é também o terceiro algoritmo grego - gámma, e equivalente à letra G do nosso abecedário. Com origem no alfabeto Fenício, esta consoante é utilizada na termodinâmica para representar a ‘deformação por cisalhamento’, que ocorre quando as camadas de um material deslizam umas sobre as outras em resposta a uma força de cisalhamento aplicada. Ela é caracterizada pela mudança angular relativa entre as linhas paralelas no material original e deformado. Na constelação Ursa menor, a estrela gama, ou Pherkad, segue a estrela alfa Polaris e a estrela beta Kochab, a 487 anos-luz da terra. Pherkad é uma estrela gigante branca e situada ao norte da constelação. Por não ser suficientemente massiva, quando chegar ao fim da sua vida, Pherkad irá libertar gradualmente as suas camadas externas para o espaço e acabará por desaparecer como uma estrela anã branca massiva. Assim é o terceiro volume desta poesia. Um despir de capas da autora para se autoconhecer. E tal como as camadas da terra que deslizam umas sobre as outras, também os sentimentos da autora deslizam e chocam constantemente como que a resvalar a incompreensão do sentir que faz mudar estados e sentidos na sua vida.
Simultaneamente estes são também sinais de crescimento e amadurecimento. Na gravidade do seu ego, tal qual a força que atrai os objetos para o centro da terra, quanto maior o ego, mais forte e a atração para colocar o foco em si mesmo, muitas das vezes em detrimento das conexões e relacionamentos com os outros, num ato de isolamento e introversão. Na sua poesia, Luísa D’Ó encontra o seu equilíbrio construtivo sobre si mesma e com o mundo ao seu redor.