Em criança, Samuel sempre sonhara conhecer o mundo. Em adulto, tomou a decisão de o concretizar. Durante a sua longa e arrebatadora viagem, viveu estórias e aventuras simples, mas profundas, que o fizeram compreender, no seu íntimo, que a união de uma família é o razão do equilíbrio de uma sociedade justa e pacifica; que as coisas simples da vida são as que nos enchem o coração e a alma; que devemos realizar o que gostamos com a mesma simplicidade com que respiramos; que temos de tomar as rédeas ao nosso destino e escolher o caminho com que sonhamos; que o ser humano deve buscar a virtude no seu comportamento diário e ao longo da sua vida, a qual é um átomo do universo, devendo deixar a sua marca com o bem que pratica; e, por fim, que todos somos natureza em equilíbrio para alcançarmos a felicidade, o caminho que devemos viver intensamente, sem nos preocuparmos com a meta, onde, se a virtude humana for o pequeno sonho de cada pessoa, este mundo tornar-se-á melhor e mais justo.

Segunda badana

“Ambos se deitaram, lado a lado, quase com os ombros e os braços a tocarem-se. E ficaram a observar as estrelas lampejantes no infinito do seu olhar. Estavam em quase estado hipnótico, a sua consciência e atenção apenas continham um ponto: a presença do outro a seu lado debaixo daquela chuva de diamantes. Até que Maria tomou a iniciativa e, com a sua mão, alcançou a mão de Samuel e abraçou-a. O coração de Samuel explodiu num galope que nunca antes havia sentido!”.