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Entre o discurso corporativo-reivindicativo e a fuga para a sala de aula, entre o confronto com a performatividade e as saudades de uma idade de ouro dos “mestres”, entre o fatalismo derrotista e as ilusões heroicas, é possível um profissionalismo docente que se (re) construa na afirmação de uma agência ecológica dos professores, na promoção de lideranças distribuídas, na construção de dinâmicas colaborativas, na importância da socialização organizacional, na valorização da agenda relacional da docência e na consciencialização profissional e social de uma profissão que tem tanto de técnico e racional como de político e ético. Em suma: se esta obra nos mostra onde mora o “perigo”, convida-nos também a fazer os caminhos onde cresce a “salvação”, pois, hoje mais do que nunca, ser professor em plenitude de sentido é uma tarefa que, afinal, é preciso começar de novo, sempre e uma vez mais (retirado do Prefácio).
Esta pluralidade de olhares permite desvelar e compreender os desafios e as tensões da vida e do trabalho dos professores, mas também os dilemas interiores que vivem no seu quotidiano profissional, que, em muitos casos, estão relacionados com o seu papel de mediadores de políticas educativas e curriculares e com o modo como, na prática, exercem o seu profissionalismo docente e fazem escolhas entre o desejável, o possível e o pedagogicamente mais adequado em contextos marcados por pressões, externas e internas, caracterizadas pela sua natureza paradoxal, situando-se ora numa lógica de execução e conformismo associada à crescente burocratização e controlo do seu trabalho, ora numa lógica de resistência e de reinvenção com base na agência profissional, no trabalho colaborativo e no exercício da liderança (retirado da Introdução).