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A vida é como o jogo de cubos que as crianças aprendem a jogar.
Um cubo tem várias faces.
Na vida mostramos a face que nos apetece, a que nos deixam, ou a que nos pedem, ou a face de acordo com a circunstância e a exigência do momento.
Procuramos a face certa para o jogo.
Construímos a vida, como construímos o jogo, viramos face a face até obtermos um resultado, uma resposta, uma solução, ou um objectivo.
Temos faces coloridas e faces sombrias.
Não é um jogo fácil, não é simples. Enquanto viramos as faces do cubo, há encantos e desencantos e há o encanto de andarmos por cá.
Gosto do jogo dos sorrisos. Sorrio para o espelho onde me vejo e sorrio para mim.
Sorrio para quem não me vê, porque olha para o telemóvel ... Há quem já nem saiba quanto vale um sorriso.
Eu sorrio para tudo.
Gosto do jogo do brilho da luz que invade a manhã e perdura até à hora áurea que nos traz calma e leva as penas do dia na despedida do sol.
Penas adormecidas na sombra até ao outro dia.
Gosto do jogo da brincadeira do sol e da lua, brilhas tu agora, a seguir brilho eu.
Gosto do jogo dos sonhos. Adoro ver o jogo realizado e o sonho construído.
Mas o jogo dos sonhos não termina.
Gosto do jogo da beleza. Beleza e delicadeza rimam.
Não gosto do jogo da incerteza. Incerteza e tristeza, rimam.
Construímos o jogo de cubos e vemos a vida a acontecer.
Viramos faces coloridas e faces sombrias. Há encantos e desencantos e o encanto, nem sempre, de andarmos por cá.