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Um pouco de mim.
Com 60 anos, sentada na mesa da sala da casa grande com uma pele mais enrugada, de cabelo grisalho, inerente aos sexagenários maduros anos nesta lombar fibromialgica, agarro na caneta abro o caderno e deixo fluir livremente, todo o caminho de ter vindo (sobre)vivendo até ter em mim a realidade do que é, efetivamente viver.Fazendo me aproveitar da idade ser um posto, não irei florir o tema fulcral deste livro autobiográfico, que se identifica, certamente a um vasto número de meninas, raparigas e mulheres, que lutam, pela tão subestimada e desvalorizada doença - Sim, a anorexia é uma doença, que facilmente leva à morte.Sem camuflar, sem ocultar toda a gravidade deste “cancro”, alvo de ignorantes julgamentos sociais, e muitas vezes sem um “Happy End”, o objetivo desta minha partilha, é um apelo à consciência social, perante a visão desta doença e de como NÃO abordar este doente.Uma vez que este se encontra em profunda debilidade e transtorno, embora a imagem que passe para fora, seja de confiança, segurança e controlo, na realidade está completamente perdido na sua própria obsessão.Posto isto, é urgente a sociedade ter uma maior consideração e respeito pela anorexia, e pelo doente que a tem, desmistificando as ideias erronias pré-concebidas e a sua subvalorização. A anorexia não é capricho, nem mania, nem panca, ela é doença, e como tal, é merecedora de igual trato, cuidado, respeito, compreensão, e compaixão, como qualquer outra doença.