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Nos anos terminais da Guerra do Ultramar, a Academia Militar deixou de cumprir, por falta de candidatos, a sua missão capital: formar as elites militares intermédias de combate. No entanto, a defesa do Império, a todo o custo, era a política vigente, apesar do visível cansaço da Nação.
Para ajudar a obviar este desiderato, e de forma surpreendente, foi determinada por despacho de 20 de Julho de 1970 do Ministro do Exército, Horácio José de Sá Viana Rebelo, a formação acelerada de Capitães milicianos na Escola Prática de Infantaria. Em cerca de catorze meses fazia-se de um mancebo, muitas vezes, em estádio avançado de licenciatura ou já licenciado, um Capitão combatente para actuar nos teatros de guerra mais exigentes de Angola, da Guiné e de Moçambique. O modo de selecção destas novas elites «pelejadoras», e a formação apressada a que foram sujeitas, deram ensejo a que alguns as apelidassem, desdenhosamente, de “Capitães de proveta” ou “de “aviário”. Aplica-se, neste contexto, em alternativa, a expressão Capitães do Fim.
Como foram seleccionados, formados e que desempenhos e protagonismos tiveram estes Capitães, nos teatros de Angola, da Guiné e de Moçambique, no comando das suas Companhias? E afinal, quem eram antes e o que foram depois do SMO?