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O tempo que sobrava da tarefa primordial aproveitou-o para refazer a selectivacolecta dos trabalhos profanos – digamos assim – dos que da sua lavra, resistiram, à passagem do tempo. Ordenou, então, meticulosamente, alguns dos escritos, que terão estado, quem sabe, na escrivaninha de um amigo, enquanto durou o ultraje do seu nome e a consequente ausência da sua pessoa, ausência que julgou para sempre, na silenciosa despedida do último adeus.
O personagem de que se fala no trecho acima é o jesuíta Timóteo de Oliveira, mestre e primeiro confessor da rainha D. Maria I e das irmãs. Dono de uma figura discreta, porte elegante e um gosto apurado, frequentou a corte de D. João V, por onde iniciou a sua carreira, talhado para altos voos, se o destino não lhe pusesse no caminho o Marquês de Pombal. Alvo como os seus companheiros da fúria do valido de D. José I, sofreu vinte anos de privação da liberdade no presídio do forte da Junqueira donde saiu com a subida ao trono de D. Maria I.
Os Parabéns que ele dirigiu à real discípula são aqui recuperados, pondo à disposição do leitor a revisitação histórica a um tempo até hoje prenhe de controvérsias.