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Anatomia no interior do Ovo, A Serpente Amordaçada, o início do fim.
Linguagem extraordinariamente Lispectoriana, de consciência artesanal, forjada em prosa poética pessoal, em ritmo fluente, ágil, sedutora, elegante e original. Os personagens alcançam patamares sutis e expressivos, ora pelo tom inesperado e elevado de observação, ora pela contundente construção psicológica, que dialoga com o leitor, às vezes o desconcertando, emocionando e sempre com densidade na escrita Machadiana, capaz de nos fazer repensar verdades, sem nunca deixar perdermos o interesse na trama.
Artur Madruga nos oferece um thriller estonteante, de tirar o fôlego, de não dar trégua ao leitor. Utilizando de forma impecável, o pano de fundo histórico na reconstrução da decadência e fragmentação em nossa recente trajetória da realidade social brasileira. Um romance que se consagrará como Obra-prima da literatura, narrada através de diferentes lentes e percepções, de fatos e personagens que se enfrentam, se contradizem, na incompletude da essência que explicita desejos reprimidos, expõe verdades sombrias sem o verniz da hipocrisia.
Com sua pena feito um bisturi de precisão cirúrgica, Madruga disseca a anatomia no interior do Ovo da "Serpente Amordaçada", construindo com maestria e sem subterfúgios, um retrato profundo e singular do início ao fim, de nossa precária condição humana.
José Couto