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E se um objeto inanimado pudesse falar? Ou melhor.
Se um lugar pudesse espirituosamente se transformar em um corpo físico.
E, assim, tivesse uma voz única e personificada para conversar.
Poderia ser uma casa — ou várias casas.
Uma ruela — ou várias ruas. Um bairro inteiro.
Um morro.
Uma comunidade.
E se, portanto, ela pudesse falar, o que será que diria? Ou até o que anda pensando nesses últimos tempos? E ainda — o mais extraordinário possível —, e se ela pudesse nos contar o que viu durante a sua vida?A Guardiã de Desterro: histórias do Morro do Mocotó é um livro sobre a formação da comunidade do Morro do Mocotó em Florianópolis, capital do estado de Santa Catarina, ao Sul do Brasil.
Só que aqui, além do relato de seus moradores-filhos, é o morro que conta sua história e o que testemunhou vendo o Centro ser povoado, enquanto conversa com uma visitante do asfalto.
Essa história é contada através de sua própria voz, personificada em uma senhora idosa — inspirada nos traços de uma preta-velha, entidade da religião de Umbanda —, que guarda em seus olhos centenários uma inigualável sabedoria sobre a cidade.
As origens da história negra de Florianópolis são zeladas e seus contos são guardados, de muitas formas, pela primeira vez.
As comunidades periféricas são um portal infindável de memórias e ancestralidade vivas e que pulsam por toda essa terra.
E hão de pulsar ainda mais.
Eternamente.
Saravá, vovó.