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«Presidente isto é grave e tem que ficar entre nós. O Casagrande consome heroína, e creio que nas veias». Fiquei surpreso, confesso, e não queria acreditar.
Fiz ver ao António Oliveira, como Presidente, que tinha já contratado os três jogadores que desejou, e que a haver um seu sucessor, esse podia não os querer ter no plantel. Como amigo, chamei-lhe atenção para estar a desperdiçar a oportunidade de ser o primeiro treinador a vencer o Penta.
Estas foram as causas da saída de Octávio Machado – maus resultados e más exibições. Mais tarde, viria a criar um «caso», alegando que fora despedido para vir Mourinho, quando foi o inverso, Mourinho veio porque Octávio rescindiu.
Um dia, em plena reunião, pela primeira vez, não aceitei a votação de uma maioria absoluta, que pretendia que o novo estádio tivesse o meu nome.
Acontece que sendo o Dr. Domingos Matos Administrador da Cofina, não me caía bem que, sendo ele Presidente do Conselho Fiscal, órgãos de informação da sua empresa fossem sistematicamente hostis ao FC Porto.
Na véspera, passei o dia tranquilamente e escrevi quatro cartas a serem abertas, no caso de correr mal, pelos seus destinatários. Felizmente, os destinatários não receberam as minhas mensagens que, logo que saí do Hospital, foram reduzidas a cinzas.
O Futebol Clube do Porto atingiu a excelência na era Pinto da Costa.
Haverá sempre uma era pré-Pinto da Costa e uma era pós-Pinto da Costa.
Esta é a fibra de um Presidente.