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Historicamente, o internato assumiu uma função determinante na criação de segmentos sociais, ora como meio de obter um nível de escolaridade avançado, ora destinado à formação de elites dirigentes. A reputação moralmente favorável do internato não é suficiente para defender a escolha desse modelo de for- mação. Assim, torna-se imprescindível compreender o espaço social específico do internato, no contexto de academia policial, a fim de avaliá-lo como um regime meritório e adequado.
A obra desdobra-se em eixos de profunda reflexão: a interdição do lá-fora confere poder ao cá-dentro – este, por meio de uma atmosfera de privação, detém um poder profilático, afastando a aquisição de maus vícios e o lá-fora, pelo contrário, é sentido como uma evasão catártica mas longínqua; noutra dimensão, a rotina em internato, alicerçada em horários rígidos, persegue o instante e a eficiência.
O internato, mais do que moldar a personalidade, revela-a para adestrar. O internato permite a aparição de si próprio, revelando o mau, o pérfido e a lacuna. Como causa, a permanente sensação de vigilância age sobre o comportamento, desvenda e põe a nu o segredo, o ilícito e o desvio. Deste modo, o internato promove uma convivência que desnuda, em primeiro, e modela, de seguida.