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A filosofia de Lévinas é uma antropologia original, na medida em que se afasta da tradição ocidental e, ao pensar o homem, considera não adiantar nada pensá-lo em função do ser e do não ser, pois que o humano, designado em Lévinas por subjetividade, contraria as leis da lógica. Não se circunscrevendo à ontologia, põe em causa o princípio do terceiro excluído, na medida em que ser humano significa um-no-lugar-do-outro, significação anterior à essência, anterior à identidade e que é designada por substituição, tendo por característica a gratuitidade e o desinteresse, a sujeição ao outro como responsabilidade.
Uma tal conceção do homem e da sua subjetividade é ética.
Aquilo que interessa a Lévinas é o face-a-face dos humanos, a relação inter-subjetiva na sociedade: “Todas as pessoas são Messias”, “como uma vocação pessoal dos homens”.
Foi a constatação desta visão original do humano que motivou este trabalho, levando-nos a procurar nos textos de Lévinas, não só a compreensão do emergir da subjetividade responsável, mas também a proposta que eles deixam transparecer, de uma ética de esperança e justiça para o homem contemporâneo. Uma proposta que diz respeito à justiça e à paz para a sociedade contemporânea e cuja instituição é tarefa humana.