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Uma palavra resume esta obra onde o cinema francês e o direito dialogam: “resistência”. Résistance. Que cinema melhor que o oriundo da terra da Revolução de 1789 poderia oferecer aos juristas brasileiros engajados o ensejo de manifestar seu apego visceral à democracia e aos direitos humanos, conquistados pelo suor e pela dor de gerações que sofreram com
atrocidades e arbitrariedades do poder do Estado? Os 29 ensaístas desta coletânea dedicada ao interface entre a sétima arte e a ciência jurídica escolheram filmes franceses variados que, pela universalidade e atualidade dos temas abordados, lhes deram a oportunidade de refletir, questionar, criticar e também oferecer soluções para mudar o arsenal jurídico que regula nosso mundo contemporâneo abalado por graves crises políticas, econômicas, sociais, morais. A aliança do olhar do cineasta com o do profissional do campo jurídico só pode levar a um indispensável enriquecimento mútuo e original. O resultado foi frutífero: os juristas e os cinéfilos leigos em direito terão um grande prazer em ler esses ensaios que privilegiam uma abordagem multidisciplinar, original, intensa de temas que interessam todos os cidadãos.