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As culturas variam entre países, daí resultam palavras com associações marcadamente culturais; estas palavras culturais, como elementos significativos e identitários da língua, refletem imagens enraizadas em diferentes culturas, assim, a sua tradução constitui muitas vezes uma tarefa difícil.
Como as palavras culturais estão, geralmente, ligadas às imagens de certa cultura, as estratégias tradutórias afetam muito a transmissão destas imagens noutra cultura: a Domesticação traz o texto para a cultura da língua-alvo e a Estrangeirização aproxima os leitores da cultura exótica da língua-fonte. Dado isso, para a mesma imagem cultural, ao adotarem-se diferentes posturas tradutórias, obtêm-se apreciações diferentes dos leitores. Sob a perspetiva comparatista, essas diferentes abordagens tradutórias podem comparar-se para discutir a sua adequação à obra em questão, considerando que é provável não existir uma melhor.
Neste trabalho, exploraremos a tradução das obras do Mo Yan em português e analisaremos as estratégias de Amilton Reis na tradução das palavras culturais da obra “Mudança”. As traduções serão analisadas com base nas estratégias de Domesticação e Estrangeirização de Venuti (1995); sob a perspetiva comparatista, procuraremos identificar estas abordagens na tradução, para responder à pergunta: Nesta obra, onde as palavras culturais têm um papel central à fruição, que postura tradutória foi preferida pelo tradutor?