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Nos últimos 15 anos, de 2009 a 2023, o mundo enfrentou uma série de desafios económicos. A crise do subprime nos EUA, a partir de 2007, desencadeou uma recessão global, ficando conhecida como a Grande Recessão, marcada pela desvalorização do setor imobiliário, colapso financeiro e consequente impacto nas economias mundiais. Em resposta, os governos implementaram medidas para conter o desemprego e as falências, enquanto os bancos centrais adotaram políticas monetárias inéditas, como o Quantitative Easing. Eventos subsequentes, como o Brexit, a guerra comercial entre os EUA e a China e a pandemia em 2020, acentuaram ainda mais os desafios globais. Tentando mitigar as dificuldades económicas causadas pelo novo coronavírus, uma vigorosa resposta dos bancos centrais inundou o sistema bancário de liquidez. Em 2021, os preços no consumidor iniciaram a sua escalada, impulsionados, sobretudo, do lado da oferta pelas disrupções nas cadeias de abastecimento, enquanto a invasão russa da Ucrânia abriu as portas à inflação na Europa. Entretanto, a considerável postura restritiva dos bancos centrais para conter as pressões inflacionistas intensifica o risco de uma recessão. Em boa verdade, ao longo dos últimos 15 anos, é notável um constante aumento da carga fiscal para diminuir a dívida pública acumulada desde 2008/09, e, ainda hoje, são evidentes as cicatrizes deixadas pela Grande Recessão nas contas públicas de muitos países.