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Frequentemente, o mal-estar que reside em nós projecta--se naqueles que nos estão próximos. Ou porque não temos consciência desse estado de espírito, ou porque dele temos uma vaga noção, ou simplesmente o ignoramos, acabamos por lançar sobre os outros o nosso legado de mal-estar, e por vezes de infelicidade, redundando a nossa acção sobre os outros, e a dos outros sobre nós, numa epidemia social.
Entretanto, vivemos anestesiados e acorrentados por torrentes de ideologias que, de forma contraditória, vão jorrando sobre nós slogans de ignorância para impregnar as nossas mentes de vazio. Para além disso, a tentativa dos diferentes poderes em roubar-nos a liberdade, o sonho, e a esperança de vivermos num mundo melhor, não desiste, o que nos empurra, frequentemente, para o campo do desânimo e da ausência de responsabilidade para com o mundo em que vivemos.
Mas a verdade é que estamos todos no mesmo barco da vida, e por essa razão o comprometimento de todos na condução da embarcação, remando contra as marés de mal-estar social, é também um dever e uma responsabilidade colectiva, porque sobre isso não podemos ficar alheios.
Todavia, atirar para a sociedade aquilo que é da exclusiva responsabilidade individual, assim como individualizar aquilo que é da exclusiva responsabilidade social é algo fora das fronteiras da honestidade e da verdade. As sociedades têm os seus “pecados socias”, é certo, mas os indivíduos têm também os seus, e quem os não tiver que seja o primeiro a atirar a pedra.