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Esta biografia inovadora – na forma e no conteúdo – desconstrói alguns mitos sobre a vida de Júlio César.
Inspirado no modelo de biografia de Plutarco, em que se busca compreender a personalidade do
biografado, o historiador Clayton Ribeiro partiu da vontade imparável de César em imitar e/ou superar
Alexandre, o Grande, para revelar e explicar vários aspetos de sua personalidade complexa. Factos estes
que o levaram a criar a palavra “caosagogo” (o que conduz ao caos), pois outros vocábulos não
conseguem abarcar e sintetizar a mais perigosa característica de César.
Nesta perspetiva, a Península Ibérica ganha grande relevância, pois foi nesta região que César viu a
estátua de Alexandre e, em seguida, teve uma crise nervosa, por perceber que naquela altura da sua vida
– em torno dos 30 anos – o rei macedônio já tinha conquistado boa parte do mundo, enquanto ele nada
fizera digno de registo. Sem perda de tempo, partiu para Roma decidido a dominá-la a qualquer custo.
César voltaria à Península Ibérica para se estrear – e que estreia – na condição de general. A sua
atuação brilhante rendeu-lhe a indicação de um triunfo, honraria máxima conferida a um general romano,
principalmente pela campanha a partir da Serra da Estrela até o norte da Espanha.
Além disso, toda a trajetória de César é revisitada: a invasão da Bretanha, uma campanha desastrosa,
mas um sucesso, na propaganda divulgada em Roma; a guerra contra Vercingetórix, o seu opositor mais
obstinado e inteligente; a guerra civil que o levou a enfrentar Pompeu, no que deveria ser o maior
combate da antiguidade, mas que se transformou quase numa fuga deste último. E, por fim, investiga-se
a Campanha do Egito que contou com a participação fundamental de Cleópatra, sem a qual César não
teria conseguido vingar-se do assassinato de Pompeu pelos egípcios. Este facto era ignorado pela
historiografia.