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“A peça Volfrâmio é uma história tão dramática quanto trágica, baseada em factos reais, vivida por milhares de pessoas novas e velhas, homens e mulheres (e até crianças), durante a década de 40 do século passado.
Devido à proximidade geográfica e à carência de tudo – por causa do racionamento –, muitos cambrenses, seguindo o exemplo dos de outras regiões, também abalaram do torrão natal e foram então, e por algum tempo, os actores e personagens da tragédia vivida arduamente nas cercanias de Arouca.
De Marco de Canaveses a norte, até Sever do Vouga a sul, e desde as terras de Resende a nascente, até aos lugarejos de Ovar junto ao mar, qual a família portuguesa que não teve, naquela época da II.a Guerra Mundial, um pai, um tio, um avô, ou um bisavô a labutar nas minas, sacrificando-se, arranhando-se nas serranias, picando-se nas fragas, apanhando molhas, frio e calor e sufocos nos ribeiros do concelho de Arouca, nomeadamente em Rio de Frades, à procura do denominado “Ouro Negro”?”
“Cambra na Diáspora é uma comédia em que o dramaturgo evidencia a saudade dos que foram e o reconhecimento pelos que voltaram. Todavia, transparece também a carga de emoção transversal a toda a emigração portuguesa: por um lado, os que, tendo saído, transportam na alma a saudade e o amor incondicional pela terra e pelas gentes e, por outro lado, enaltecendo os feitos daqueles que ‘na estranja’ elevaram mais alto o nome da terra que os viu nascer, e outrossim evidenciam mágoa pela incompreensão de alguns que, permanecendo, nem sempre compreendem e aceitam os contributos daqueles que, deixando tudo para trás, buscaram noutras paragens parte da sua felicidade.”