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Clara resiste, há 25 anos, em fazer o luto pela morte do pai. Face à insistência da mãe, acaba por procurar ajuda numa psicóloga, que lhe prescreve algo completamente inusitado, escrever ao pai. Ultrapassada a dificuldade inicial, Clara mergulha numa viagem ao passado, revisita lugares onde foi feliz, reencontra-se consigo própria num diálogo entre ela e o pai, contudo, o que ela mais temia acaba por acontecer: é confrontada com as sombras e os fantasmas soterrados pouco tempo após a morte do seu pai. Num conflito entre culpa e legitimidade, medo e coragem, Clara questiona a autenticidade do que conhece da vida do progenitor, põe em causa a verticalidade e o carácter imperturbável do homem por detrás do pai. Paralelamente aos diálogos com o pai, num processo doloroso e em carne viva, conta com a ajuda de Ana, amiga e advogada, numa missão cujo risco vai além da destruição das suas crenças, das suas memórias e do amor desmedido que sente pelo pai e pelo que acredita ter sido a sua vida. O risco implica, particularmente, o desmoronamento dos alicerces da sua família e da união que ganhou substância depois da morte do chefe de família. Terá a psicóloga determinado a terapêutica ideal? Terá a escrita resolvido o problema?