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A questão que verdadeiramente se coloca no universo restrito de que o livro trata é uma decisão sobre qual, afinal, a principal pertença das várias personagens da nossa história: se a suas tradições e referências culturais, que as empurram para a aventura de um retorno a Portugal; se o projecto de vida e a atracção pela nova pátria que podem ajudar a formular com o seu contributo… Um Rapaz Tranquilo reconstitui, pela primeira vez entre nós, um roteiro que sempre permaneceu subentendido e, corajosamente, trá-lo a debate como uma das muitas dimensões da nossa pluralidade.
(Luís Bernardo Honwana)
Li com enorme prazer este belo e comovente romance, Um Rapaz Tranquilo. Está primorosamente escrito e construído, a história flui de forma magnífica e o diálogo é excelente. A massa de informação de toda a ordem que ali é exibida é simplesmente impressionante. É um bom documento sobre Moçambique, desde as vésperas da independência até aos nossos dias. E fica-se para sempre amigo do Pedro e da Guida: duas personagens que nunca mais esquecemos, admiravelmente desenhadas e longamente acompanhadas.
(Eugénio Lisboa)
Há neste livro um rio que corre, um sistema de vasos comunicantes avessos a toda a épica, mergulhando nos recessos de uma humaníssima circunstância, do l’airdutemps, das dúvidas, das contradições, da disjunção de percursos, dos amores e dos valores, com uma espécie de lente objectiva à John dos Passos, inserts quase no sentido cinematográfico e documental da factualidade narrada pelos jornais. Álvaro Carmo Vaz compõe um vasto mural, com gente dentro e de carne e osso.
(Luís Carlos Patraquim)