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Um homem enfrenta, de novo, o desencantado engarrafamento de cada dia. Olha em seu redor. Reflecte na sucessão efémera dos porquês da vida. Procura formas de evasão daquele cárcere metálico, balizado pela monotonia de um pára/arranca, que conduz à desilusão esbatida da monotonia. De repente, já perto do seu destino, ouve os primeiros acordes de uma melodia há muito adormecida. De facto, só ouviu os primeiros acordes, porque mergulhou no rio da memória, que lhe reavivou a lembrança de uma viagem, de quatro dias, a um lugar carente de compreensão. Uma viagem iniciática, de descoberta, de aprendizagem. Num tempo pautado pelas emoções e norteado pelos sonhos. A sedução do passado! Quatro dias para perceber o mundo. Foi-lhe o tempo concedido. Cada um tem o seu... E, ainda hoje, ele transporta consigo imagens, vozes, risos, mágoas, ecos, odores, desses fugazes momentos, com o sabor da eternidade. Afinal, o passado estará sempre presente. E a memória de um rosto perdura. E, em cada regresso a casa, no sublime do entardecer, nasce em si uma súplica, um desejo: Queria Rever o teu Rosto ao Entardecer.