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Estas pegadas na areia, título metafórico, do romance de Graça de Sousa são, na realidade, marcas da alma de quem se viu brutalmente desprovido de uma das maiores referências do Homem, obtida, não só à nascença, mas ao longo da vida - a nacionalidade. A nacionalidade no sentido mais íntimo do termo, a que nasce da ligação genuína com uma terra, independentemente da outorga da legislação que determina, e vai variando com o tempo e a sabor de interesses dúbios, quem é nacional daqui ou dali. Essas marcas invisíveis não se apagam por mais fortes que sejam os ventos da história tal como “apagar as pegadas na areia, não impedirá que tenham existido”. Quando o chamamento da terra é tão forte quanto a dor da separação, será possível encontrar o apaziguamento que permita aligeirar as marcas da alma? Será possível continuar a viver, e a sonhar, mesmo amputado de parte importante da própria identidade?! Estas respostas serão aqui dadas pela personagem central deste romance - A Maria Eduarda. Domingos de Sousa