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Lob olhou a noite.
O clima de tensão acumulada durante o consulado pombalino, designadamente no último ano de vida do rei D. José I e as expectativas criadas nos primeiros tempos de governação da rainha D. Maria I, perpassam vividamente nas cartas de uma freira carmelita que no século se chamou Teresa de Melo. Proveniente de uma família de linhagem, Teresa foi antes de professar e de vir a ser escolhida para priorar o convento da Estrela dama da rainha D. Mariana de Borbón, onde acedeu à esfera íntima da princesa da Beira e do Brasil, herdeira do trono de Portugal, tendo a infância de ambas decorrido em conjunto. A ascendência facultada por uma amizade desta envergadura acabaria por ser norteada no sentido da adopção pela nova rainha de uma doutrina reformadora do exercício do poder, consubstanciado nas revelações da madre Margarida Maria Alacoque, em torno do culto do Sagrado Coração de Jesus e da sua difusão, simbolizado no monumento levantado em sua honra, hoje conhecido por basílica da Estrela. É a defesa deste programa ecuménico o tema principal destas cartas, escritas pela sua autora a D. Maria I, com início no período de tempo imediatamente anterior à sua subida ao trono.