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Digamos que esta obra, se é que tem o mérito e a arte para ser considerado como tal, reproduz a confluência de duas coisas que me definem intimamente, o meu gosto literário e a possibilidade de emaranhar palavras e poder corporizar nelas as minhas emoções, as minhas vivências, as minhas atitudes.
Não existe propriamente um fio condutor lógico ou temático entre os textos, sendo elas puras retratações de estados de alma ou de visões pessoais sobre temas da atualidade, sobre comportamentos sociais ou meros ângulos pessoais acerca de temas e dialéticas da vida.
As palavras permitem-me transcender para um outro mundo, escrever liberta-me de preocupações e permite-me exportar os meus pensamentos, dando-lhes corpo e profundidade, e enquanto o faço, sinto-me a afagar a alma, encontrando paz.
Foi exatamente a necessidade de me libertar pelas palavras, que encontrei ímpeto para dar lastro e lustro à tinta da minha pena, e aos pensamentos que abundam em mim, nem sempre os mais reconfortantes, mas sem dúvida identitários, e nada melhor do que colocá-los cá fora, dar-lhes berços, dar-lhes vida, e permitir, um dia, recordá-los.
As ideias perpassam a uma velocidade arrepiante, e tento agarrá-las e escrever sobre elas, mal consiga. Aliás, escrever tornou-se quase aditivo, um vício agradável que se tem vindo a consolidar como um hábito na minha vida.
Não procuro falar apenas de emoções positivas e eivadas de esperança, mas percorrer e propalar sobre todas elas, sejam boas ou más, com a mesma intensidade e afinco, mas procurando sempre profundidade, inspiração e retorno. Ao escrevermos estamos a entregar, uma espécie de dádiva que procura inspirar outros a refletir, a revistar os seus pensamentos, a ponderar os seus posicionamentos e a orientar o seu rumo na vida.
É por isso que persigo não o catastrofismo dos espectros, ou a consumação dantesca do mundo, mas antes ajudar a que outros, como eu, possam acertar o passo das suas vidas, dando-lhes o brilho que elas merecem.
Os textos têm também a particularidade de serem escritos, alguns deles, noutras línguas que me dizem imenso, sendo eu um eterno apaixonado pelas mesmas, centrado na ideia de que, mesmo tão diferentes, são elas que nos permitem aproximar das gentes do mundo.
Espero que seja apenas um pequeno degrau de uma longa escadaria, e que ao caminhar, não sinta, como Sísifo se sentiu, condoído, considerando que a subida era dura, ingrata e inconsequente.