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– O muno mopilupiluylamouphelawami.
– «Aqui, no Capilo, se vira e vai-se virar o meu sobado. Aqui.»
Com estas palavras, há cerca de 400 anos, NganaKimburi deu origem à aldeia do Capilo.
Se formos pacientes, se quisermos procurar e não tivermos medo do feijão maluco, encontramos, no preciso sítio onde essas palavras foram proferidas solenemente, um grande túmulo de pedra solta, criteriosamente encaixada, em forma cilíndrica, dividido em quatro sectores iguais e separados por estreitos corredores de 27 cm.
Nesse túmulo, hoje completamente imergido pela vegetação, venerava-se não só esse homem fundador da mbala do Capilo, mas também o sítio que agasalhou esse povo que veio de tão longe e aí se fixou.
Outros tempos outros costumes em que o homem era grato para com a Mãe Natureza e não se esquecia de o reconhecer publicamente, não por medo de castigo porque uma mãe não castiga, mas pelo prazer de partilhar a alegria e a tristeza.
Já ninguém, em Dezembro, limpa o túmulo nem deixa oferendas! Mas, quando há marufo e as noites se prolongam, ainda se ouvem estórias desses tempos. Ainda se encontram mais velhos que falam das coisas que por aqui aconteciam como se as estivessem a viver. Estórias desse tempo e deste tempo também. Afinal nada melhor do que uma estória para morigerar as gentes.
Por estas terras diz-se:
– «Gente do Capilo nunca falou coisa que assim não fosse.»