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Finalmente, o porto de Santos. Um país estranho. Uma vida diferente. E nunca mais seria nada igual.
A vida do português era perfeita. Ou quase. Ensombrava-o o desaparecimento do Padrinho, inexplicável. A polícia continuava a considerá-lo suspeito, mas a falta de provas e a influência da família de Bibi conferiam-lhe uma certa imunidade. Daquela noite, nem uma memória sobrevivia na mente do jovem. Era como se tudo tivesse sido apagado. Esforçava-se por arrancar uma lembrança, por mais pequena que fosse. Mas nada! Muitas vezes chegara a pensar se não teria sido ele mesmo o responsável pelo mistério que envolvia o destino do Padeiro e da sua mulher.
Miranda encaminhou-o até às traseiras da casa. Saíram pela porta da cozinha, atravessaram o jardim, afastando a enorme vegetação que o cobria, até chegarem ao que parecia uma estufa, das antigas, com as paredes cobertas por vitrais coloridos. A rapariga respirou fundo e abriu a porta.
No meio da escuridão, destacava-se a luz de um candeeiro de mesinha-de-cabeceira, iluminando um corpo de mulher, inerte, ligado a umas máquinas que libertavam um“biiip” de 3 em 3 segundos. A pele muito pálida, os longos cabelos negros como a noite, a magreza excessiva nada tinham a ver com a Luna que via ao pé do lago.