Insira abaixo o email associado à sua conta e clique em "enviar". Receberá no seu email um link a partir do qual poderá criar uma nova password.
Tal como a Leonor de tempos idos ia para a fonte formosa e não segura, Rafaela chegou à faculdade de Economia insegura, mas tão linda que o mundo espantava.
A radiante beleza era, aliás, o seu ativo mais valioso quando os negócios da família se afundaram, ainda mal tinha chegado a Lisboa…
As circunstâncias da vida haveriam de amadurecê-la e ensinar-lhe a gostar do curso — fora para ali mais influenciada por uma paixão da adolescência, que por convicção.
Com o passar do tempo, foi descobrindo como a ciência económica a poderia ajudar a abrir veredas de luz na densa floresta da realidade, a distinguir o óbvio do verdadeiro, a duvidar do senso comum, a concluir que, ao contrário do que habitualmente se diz, os números não falam por si, há que saber interrogá-los.
Por entre desilusões e novos afetos, inquietações e esperanças, foi percebendo como a economia é determinante e resultante de múltiplas interdependências, e o dinheiro — “um bom servidor e um péssimo amo” — a chave que pode abrir a porta a sonhos ou a pesadelos…
Quando a sua amiga Núria, com quem discute ideias, partilha sentimentos e um T2 em Campolide, adoece e se vê envolvida num processo judicial que a priva de meios financeiros, Rafaela não hesita em usar a sua beleza para prover o sustento de ambas.
“Confidências de uma estudante de Economia” tem como protagonistas Rafaela, estudante universitária, e a própria Economia como ciência social. Para além das aventuras e confidências da protagonista, as suas cogitações conduzem o leitor por incursões na psicologia social, na literatura, na história e na política, sendo certo que o enredo e os aspetos lúdicos do texto prevalecem sobre quaisquer outros.
Os 20 anos e a claridade da alma de Rafaela não lhe consentem desânimos ou lamentações: “Sei que raramente a vida é como sonhamos. Mas os sonhos dão-nos asas para viver”, diz no final.