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… e ele nada fez para evitar que ela partisse.
“A Lurdes morreu”! e Eugénio jamais poderá voltar a afagar aqueles cabelos louros com totós à “Pipi das meias altas”nem a apreciar o encanto daqueles ternos, doces e meigos olhos azuis. E nunca mais a verá a aquietar-se com o barulho do vento a fustigar na janela e a adormecer calmamente enroscada à sua cintura enquanto lhe sussurrava ao ouvido, com a sua voz suave, terna e melodiosa: “Amo-te tanto, meu querido, amo-te tanto! Oh, meu amor, deixa-me entrar no teu peito por que necessito da tua protecção. Acalma este fogo que me consome a alma que eu amar-te-ei para o resto da minha vida. Não te vás embora, meu amor. Fica comigo para a eternidade”. Fica, meu querido, fica, fica…!
Eugénio sente-se amargurado e revoltado com a crueldade deste desfecho trágico. Mas não lhe resta outra saída que não seja assumir que, de facto, a Lurdes morreu. Ficará com esta marca cravada na alma e na sua cabeça aquela frase maldita que o há-de perseguir para o resto da vida:
“A Lurdes morreu, a Lurdes morreu, a Lurdes m…!”