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Em seu livro de estreia, João António traz à superfície memórias do jardim de infância, retrato de uma educação ríspida e um olhar sobre paixões pubesceste.
Distante da época em que espezinhava descalço o chão do musseque para correr atrás de gafanhotos. Como sempre, basta, que se feche os olhos para que venha à mente, memórias dos recuados marginalizados num dos bairros mais pobre de Luanda. Um bairro sem eletricidade onde criaturas lucífugas, inquietas, buscavam na escuridão, o entretenimento. Em viagens no tempo, o autor se conecta com o passado para narrar: “Luanda era uma cidade doente, de nuvens amarelas de febre, de paludismo flutuante”. “A escola, rudimentar, com o ar agastado, no quintal de um escolado, sem comodidade, de caderno apoiado ao joelho num exercício de acrobatas leigos.” “Adão e Eva foram cônjuges de infratores”. “Aprendi truques do coito (técnica genital) que canaliza calóricos, num exercício de adultos.”
Com uma narrativa descontraída, fluída e repleta de referências, — A ponte é um retrato que busca no tempo, o entendimento sobre um olhar crescido.