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Em suas – Memórias de um antropólogo brasileiro em plena ditadura – o autor, Romeu Sabará, como antropólogo e poeta, pesquisador e professor univer-sitário, coloca-se como um estudo de caso e referencial para se entender a fragilidade da democracia no Brasil. Democracia essa que, segundo o autor, existe e coexiste com um inconsciente coletivo de cunho golpista pronto para entrar em cena, quando os movimentos sociais avançam além dos limites que lhes são impostos. Sem que sua obra deixe de ser uma contribuição original para a Antropologia Política, o autor trata do assunto de forma palatável para o cidadão comum, articulando, no texto, a prosa e a poesia, realidade social e metáfora da realidade.
A exposição dessas suas memórias desdobra-se em três blocos. Na primeira parte (1965 a 1969) - Missão e vocação – dissera sobre a sua opção pela antropologia e sobre sua formação inicial como antropólogo, com todas as suas limitações. Na segunda parte (1970 a 1984) – Antropologia e repressão política - procura estabelecer a relação estreita de causa e efeito entre a prisão em 1973 e a sua separação conjugal e divórcio litigioso que transcorreu entre 1972 e 1977. Na terceira parte (1985 a 1996) – Antropologia e repressão acadêmica – disserta sobre o assédio acadêmico de que foi vítima como pesquisador e professor de Antropologia Social, no Departamento de Sociologia e Antropologia da FAFICH/UFMG. Nessas três partes, vêm expostos os fatos sistematizados que fundamentaram suas reflexões antropológicas.
Por fim, no tópico conclusivo – Em plena ditadura - conclui suas reflexões mostrando a ligação existente entre o golpe militar de 1964, que instalou a ditadura militar no Brasil e o golpe congressual, jurídico e midiático, de 2016, que instalou o que o autor entende como sendo a nova ditadura – a ditadura civil.




