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Nasci em 1975, em pleno Verão. Filha única, muito apaparicada pelos meus pais. Cresci no meio de uma educação católica e com os pés assentes na terra. Senti desde muito cedo o impulso pela escrita, mas a escrita não era, naquela altura, uma profissão dita de carreira.
Decidi ingressar em Direito, tendo-me licenciado na Universidade Católica Portuguesa, da qual saí directa para um estágio. Comecei, então, a desenvolver a área de Direito da Família. Nunca mais a consegui largar. Casei-me, tive dois filhos que são a causa e a origem destes contos. Divorciei-me de forma muito amigável.
Vivo muito focada naquilo que me traga emoções e o Direito da Família pertencia a esse ramo que tem tanto de jurídico, como de emocional. Vivi um ano em Nottingham, em Inglaterra, com 26 anos, entre estudos e a respiração de culturas tão diferentes quanto desafiantes. Foi um ano de crescimento pessoal e de muita escrita.
Sempre fui advogada e sempre trabalhei como advogada. Continuarei a advogar até ao fim dos meus dias. Escreve-se muito quando se é advogado. Nas horas vagas, vou escrevendo ao sabor da pena.
Constitui, entretanto, duas associações – uma de solidariedade social, chamada Humanaethica; outra de advogados de Direito da Família e das Crianças, a AAFC.
Actualmente a trabalhar na Morais Leitão, como advogada de Direito da Família, entre outras áreas como Insolvência e Reestruturação de Empresas, vou escrevendo nas horas vagas e a desoras.