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Luis José Borges Rosado

Luís José Borges Rosado nasceu em Covões, um lugar da freguesiade Alcórrego – Avis, a 24 de outubro de 1941. Filho de João Rosado Salvaterra e de Custódia Borges. Os pais separaram-se por volta dos seus 4, 5 anos e ele foi criado pelos avós paternos - avó Joaquina e avô Luís. Era uma família pobre.

Luís teve o primeiro par de sapatos por volta dos 8 anos, quando começou a escola primária, escola essa que ficava a cerca de 8km, distância que era percorrida a pé. Quando acabou a 4ª classe passou por diversos trabalhos. Foi pastor, empregado de balcão de um café e mais tarde de um restaurante em Estremoz. Trabalhou numa fábrica em Portalegre e na construção de uma estrada em Alhandra.

Ele sempre ambicionou chegar o mais longe que pudesse.

Regressou à terra e comprou uma bicicleta para se deslocar a Estremoz, onde aprendeu a arte de relojoeiro. Por essa altura conheceu a Luísa, que viria a ser sua esposa anos mais tarde.

Como teve de ir para a tropa, apresentou-se em Beja. Passou por Estremoz e Paço de Arcos, onde fez a formação de rádio-montador, depois foi para a guerra do Ultramar- Angola. Embora tivesse perdido muitos camaradas e amigos, foi muito marcado por essa zona e sempre falou em lá voltar, o que ficou por concretizar. Esteve na guerra do Ultramar por 26 meses.

Quando regressou da guerra foi viver com a namorada Luísa, com quem veio a ter 4 filhos, Joaquina, José, Alice e João. Foi um começo difícil, pois consertava relógios e andava por outras terras a vender também. Conseguiu comprar uma motorizada, que era uma grande ajuda.

Pelo ano de 1968, Luís conseguiu trabalho na Central Hidroelétrica do Maranhão, onde começou como ajudante de turno, depois, operador de quadros e ao mesmo tempo foi delegado sindical. Como passou a receber mais, tirou a carta e comprou o seu primeiro automóvel. Esteve a trabalhar na Central ate à pré-reforma. Foi estudar à noite e conseguiu acabar o 6 ͦ ano.

Luís era um homem de sete ofícios – relojoeiro, eletricista, mecânico, pedreiro, leitor, cobrador. Fazia de tudo um pouco e também artesanato.

Foi presidente da Associação de Reformados e Pensionistas de Avis, onde havia um coral do qual fez parte e ainda conseguiu gravar uma cassete com a ajuda do município.

Luís sempre foi muito dedicado à família e tudo fazia para que nada lhe faltasse. Embora trabalhasse muito, todos os anos arranjava uma semana para ir passear com a esposa e os filhos a conhecer um pouco do nosso Portugal.

Por volta dos seus 77 anos foi diagnosticado com um tumor nos intestinos que depressa se alastrou ao fígado e lhe provocou demência.

A 21 de julho de 2022 foi para o lar Casa Blanca em Alter do Chão, onde veio a falecer a 12 de setembro de 2022.

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