Joaquim Pinto Ribeiro nasceu em Monte­mor-o-Novo, em 1963, e radicou-se com os pais em Mira de Aire tinha quatro anos de idade. Desde muito novo se interessou por História, teatro, poesia, pela escrita e pelas artes em geral.

Ingressou na Força Aérea em 1982, tendo prestado serviço como oficial técnico na área do pessoal, apoio e logística em várias unidades do Ramo e no Instituto de Ação Social das Forças Armadas, de onde transi­tou para a situação de reserva em 2019 com o posto de coronel. Em 2021, no contexto da pandemia, ainda regressou por alguns meses à efetividade para colaborar com o Serviço Nacional de Saúde no processo de vacinação e monitorização de infetados.

É colaborador esporádico da imprensa re­gional com a publicação de notícias, repor­tagens e artigos de opinião, por vezes sob o pseudónimo Aires de Miro. Tem três obras literárias publicadas: Um Milagre de São Silvestre (2007, romance), As Moiras da Contenda (2009, romance) e Mira de Aire - 75.º Aniversário de Elevação a Vila 1933-2008 (2009, monografia em coautoria).

(…) Nem mesmo de assalto, com dinheiro honesto ou na candonga, os grupos de ho­mens, errando pelas serras e povoações vi­zinhas, encontravam pão, víveres ou qual­quer maná que permitisse a subsistência de tão grande número de povo recolhido na degradante enxovia em que se transfor­mara a bendita lapa dos Moinhos Velhos. A par dos franceses, também os portugueses eram vítimas da fome e da miséria. O es­tado de guerra impedia o cultivo da terra e tolhia qualquer produção ou abastecimento. O rigor da invernia, pateticamente, piorava ainda mais a já degradante situação. (…)