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Jacira Schneider Fontoura Cavaleiro, era uma mulher que dizia não acreditar em sinais. Um tanto irónico, visto que se viu ligada ao mundo da escrita só por ter nascido no dia da morte de Camões, com quatrocentos e vinte e dois anos de diferença, para se ser mais exato.
Sendo a terceira filha de uma família disfuncional e sofrer de ansiedade social, sempre teve alguns problemas em comunicar-se. Descobriu a escrita, acolheu-se e nunca mais saiu dela. Não tinha muitos sonhos, mas todos eles tinham algo em comum... Eram revelados no papel antes de serem lançados ao ar.
Aos quinze anos escreveu e publicou um livro de ficção. Com ele criou a sua primeira relação de amor-ódio para com a escrita, pois percebeu que não estava preparada para ter exposto algo que tanto gostava. Desmereceu o seu trabalho e abafou toda a atenção possível do mesmo. Apesar de ter deixado a sua primeira obra escondida, não deixou de dedicar-se a essa paixão.
Acredita que o mundo literário seja funcional para tudo. Quer dizer, salvou-lhe. Desde o primeiro poema que compôs no sexto ano, até ao momento que se encontra na faculdade a recitar no canto das folhas ao invés de apontar os trabalhos.
Através dele pôde conhecer-se, exprimir abertamente os seus sentimentos e desabafar sem precisar de usar a fala a tempo inteiro. Em torno disso, felizmente, encontrou mais pessoas com a mesma vocação e ganhou coragem para mostrar novamente do que é capaz.
“O mundo da escrita não me traz apenas a vontade de realizar certos desejos, mantêm-me viva. E espero que a minha forma de compor faça alguém sentir o mesmo.” – Jacira