“Com dois filhos que crescem depressa, cedo comecei a inventar-lhes contos antes de irem dormir. As histórias pretendiam ser divertidas, meio inacreditáveis, nada reais. Queria transportá-los para o mundo da fantasia. Quando me começaram a pedir para que as repetisse, era impossível. Já se tinham esvaído da minha memória, como acontece quando te enches de inspiração que ou passas ao papel ou gravas, caso contrário esqueces.

Resolvi passá-las para o papel antes que se dissipassem, revivê-las, e aqui estão. Têm um toque de um humor bem idiota que fazia os meus filhos perderem-se em risos – o que lhes tirava o sono (enfim, objectivo contrário ao pretendido).

Estas histórias são para crianças e adultos de alma jovem, para que pais as leiam aos filhos e, sobretudo, para que os meus filhos, independentemente do que quer que  decidam fazer da sua vida, possam um dia voltar a sentir-se crianças que crescem depressa e a quem a mãe pretendia adormecer da forma menos expectável -  fazendo-os rir. É para eles. E para os meninos que, como eles, gostam de imaginar e de rir.”